sexta-feira, 10 de setembro de 2010

UM DIA NO ÔNIBUS - por Gabriel Dias Diniz


Todos nós já passamos pelo sufoco de pelo menos uma vez em nossas vidas entrar em um ônibos que não estivesse abarrotado de gente. Todo mundo expremido parecendo uma lata de sardinha em conserva. Outros preferem chamar de coração de mãe os ônibus que passam em determinados horários, denominados hórario de pico.
Eu não sei de muitas histórias de gente que teve o privilégio de passar um dia dentro de uma dessas máquinas de atrasar as pessoas, portanto, contarei uma experiência própria.
Foi no dia em que eu comecei a namorar com minha atual namorada. Fomos desde o UNASP até o Terminal João Dias. De lá nós deveriamos pegar um determinado ônibus, porém ele não circulava naquele dia. Então pegamos outro ônibus que nos informaram que passaria em frente ao nosso destino. Por engano meu, tive que gastar um dinheiro extra pensando que iriamos de metrô.
Enfim fomos pelo caminho certo. Entramos no ônibus que estava um pouco apertado, mas não ao ponto de estar sufocante. Depois de um tempo, nós até que conseguimos um lugar pra sentarmos. O pior foi que depois que nós sentamos o ônibus começou a lotar, e a lotar, e a lotar mais e mais.
Chegamos ao nosso destino e começamos a conversar. Andamos um pouco a procura de uma sombra e quando achamos uma, ela sentou na pontinha do banco. Hoje ela me conta que estava morrendo de vergonha naquele dia. Eu para não deixá-la mais envergonhada sentei um pouco distante dela pra não roubar seu espaço também. Começamos a conversar e a contar piadas.
Ofereci alguma coisa para beber e ela agradeceu. Continuamos a contar piadas e entramos no assunto sério. Eu comecei jogando umas indiretas nela pra ver se ela se mancava, mas emvão. Então tive de apelar pra falar na cara dura. Aí sim ela se tocou sobre o que eu estava falando.
Então quando estava dando o horário de irmos embora eu fiz o pedido. Ela ficou meio hesitante no começo mas aceitou mesmo assim. Fiquei tão feliz que não sabia como expressar minha felicidade naquela hora.
Fizemos o caminho de volta ao ponto de ônibus e para nossa surpresa, ele estava parecendo coração de mãe. Aqueles que se você pular, você fica flutuando com as pessoas te segurando.
Nós voltamos abraçados um no outro, mas o único problema é que naquele dia estava muito calor. Imaginem a cena: um casal suado, abraçado no ônibus e recém formado. TENSO¬¬'
A gente continuou a conversa sobre familiares e ela falou num tom de brincadeira comigo:
- Você ainda num esqueceu de nada não né?! Ainda tem que pedir pro meu pai tá bom???
Eu fiz aquela cara de quem aceitou a brincadeira mas de repente ela me sai com essa:
- É sério Gabriel. Você vai nas férias pra minha casa e vai pedir pra namorar com meu pai.
Tentei fugir do assunto e consegui. Mas o calor insuportável e as pessoas ouvindo música no ouvido estavam enchendo a paciência já. Fiz algumas piadinhas que não me lembro, mas a fizeram rir muito.
Chegando no UNASP, ela ainda extava muito tímida e se despediu de mim com um beijo no rosto apenas. eu retribuí e fomos cada um pra sua casa.
Estamos namorando até hoje e faremos 7 meses dia 16 de setembro.

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